segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Poesia - Não Pulsa Mais ( Luna Daimon)

 




Não Pulsa Mais
(LunA Daimon - 29.09.2025)


O vazio
Será mesmo sempre preenchido
Por cacos de vidro?
Tão transparentes.
Como um fantasma assombrado,
Chamam de amor puro,
Amor livre,
Mas seria mais um amor abandonado,
Banhado pela distância avermelhado,
O crepúsculo e a lua iluminam,
Letras de um anjo amaldiçoado,
Cortes insanos,
Marcado por vidas, consumidas
Em desilusões,
Sim, eu sei sobre seu coração,
Que fora ferido,
E fora petrificado,
Mas, não deixastes transparecer,
Na noite de prazeres, sem desejo
Não há mais o brilho,
De outrora.
Como uma vela chegando ao fim,
A cera fria, percorre sua pele marfim
Encaixotado pela madeira,
Da lápide do sono eterno.
Não vive mais,
Não se move mais,
Não pulsa,
Sem dor,
Sem lágrimas,
Se enterrando.
Devorando-o a si mesmo
Insano.


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