quinta-feira, 5 de maio de 2011

Lembranças Fúnebres



Lembranças Fúnebres

Venha, vamos brincar de desenhar
Com o sangue do nosso coração
Nas folhas de nossas almas
Nesta amarga solidão

Deixe que os morcegos
Sobrevoem os céus da saudade
Sedentos por um pouco de vida.
Não sentem piedade

Dai-me a força de viver
Deixe-me deitar em seus braços
Vamos assistir o amanhecer

Desejo fitar seus olhos distantes
E levar o vale dos mortos e errantes
Para além do horizonte do inferno.
Até destruirmos o que é velho

Para que o novo nos fortaleça
Por incontáveis noites
De mistério prevaleça
Enquanto pudermos sentir
O Doce amor da natureza
Que se faz hoje presente aqui

Encravada feito estacas
Nas masmorras congeladas em minh'alma
Emaranhadas pelas lembranças fúnebres
Dos dias lúgubres
Apagados e rabiscados
Por um amor despedaçado
Vivido e acabado

Das cartas encharcadas
Por oceanos de lágrimas
Que deixamos cair
Numa tarde que relembro
Em que tiveras que partir
Deixando-me aos prantos e lamentos

Sem rumo
Sem direção
Apenas com as lembranças fúnebres
De um passado que nos persegue
E insiste em nos envolver
Novamente nesta estranha união.

Um comentário:

  1. Iludibriada Certeza.
    Que pelo dom da Avareza.
    Se mostrou Infiel.
    Ao luar que nos foi cruel.

    Nos perdemos.
    Pelos meios Incertos.
    De reviver os Restos.
    Do que um dia foi.
    O Amor pela mais bela forma...

    Da dádiva de viver...

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