
(LunA Daimon - 25.02.2009)
Os Anjos estão caindo
Com suas asas cortadas
Feito estrelas
Descem a Terra
Com sua alma arrancada
E sua esperança sepultada
Choram lágrimas de vidro
Que cortam seu doce rosto
Vozes angelicais
Hoje fúnebres
Contam a história
De um amor assassinado
Pelo gosto de ópium envenenado
Da frieza que deixou sua pele gélida
Da nobreza que se perdeu
Em tempos tão cinzas
Entalhados nas estátuas das catedrais
As expressões mais melancólicas
Dos momentos de outrora
Felizes e hoje tristes
Minhas lágrimas lhe revelam
Que nos segundos que correm
As areias entre seus dedos
Se esvai
Junto aos grãos
Os momentos tão almejados
O amar
O sentir
O Valorizar
O sorrir
Deixando apenas uma lacuna
Um negro vazio
Como uma ampulheta quebrada
E esquecida
E perdida
Por não ter cultivado
E cuidado
Do sol que aquecia nossos corações
O inverno está voltando
E só resta-nos
A chama de uma vela
Que ja está ao fim
Anjos Caídos habitam
No inferno que existe dentro de mim.
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